RESENHA HISTÓRICA

União das Freguesias de Morreira e Trandeiras

A União das Freguesias de Morreira e Trandeiras foi constituída em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional. A história destas duas freguesias é bastante antiga. O nome Morreira é a simplificação de Vila Cova ou da freguesia de Vila Cova de S. Miguel de Morreira, que terá resultado da expansão de uma “villa” romana, a partir de Braga, tal como se pode constatar pela toponímia do território (algumas casas formam o Cabo de Vila, que é o limite da mesma). Morreira consta nos documentos das primeiras fases da monarquia, por exemplo, o local de Leitões é referido no tempo de D. Teresa. Sobre esta freguesia, existe um documento do ano 1108, onde Vila Cova já aparece organizada. Em 1128, surgem referências a Portela de Vila Cova, que é hoje o Alto da Morreira ou lugar de Portela. Em 1220, já é referido S. Miguel como padroeiro da freguesia de Vila Cova de Morreira. 

O povoamento do território da freguesia de Trandeiras é anterior à nacionalidade, o que é confirmado pela existência do lugar “Ruílhe”, cujas origens podem relacionar-se com o Crasto do Monte de Santa Marta e com a romanização deste local e da Bracara pré-romana. Este local corresponderia a uma “villa”, que aparece referenciada nos documentos da Sé bracarense do século XI, e teria sido propriedade de um “egica”, um notável rei visigótico da Península. Existem documentos comprovativos de que o território, hoje ocupado por Trandeiras, foi possessão do casal Eirigo Eitaz, que o doaram, em 1072, ao bispo D. Pedro, e que a antiga “villa” de Trandeiras foi uma zona de férias e de repouso dos seus proprietários. Trandeiras passou para a coroa portuguesa em 1128, como resultado de uma troca entre o infante D. Afonso Henriques e a Sé bracarense.